quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sob a luz do luar...

Ela realmente tinha mil e um motivos pra não estar ali, mas algo além daquele luar alaranjado lhe remetia aquele momento, então tão rápido como todos os outros momentos em que o tinha por perto, ao final da festa, nascia o anseio pela despedida, não pelo afastamento que ela produziria, mas pela a aproximação que ela traria, e então após risos, e olhares com abraço e o rosto marcado por um beijo singelo, chegou a hora de ir. Já não bastasse o turbilhão de sentimentos acalentados por aquele olhar poético, existia algo além naquela cena, algo além do frio da noite, dos carros na rua, das casas ao redor, é que a lua estava ali, cheia de uma luz inspiradora onde Maia não resistiu e antes que a distancia aumentasse murmurou: _Viu a lua? E com o peito acelerado viveu 10 segundos com a demora de minuto até que aquele olhar enigmático de Robert lhe sorriu e apontando pra lua respondeu: _Está Ali!... Ambos seguiram em suas direções contrárias, Maia buscava em si as razões por ver na lua o brilho daquele olhar, Robert sorria em si com a resistência que era o entrave daquele botão de amor que já em várias primaveras não conseguiu desabrochar. E a noite se passava entre as interrogações de ambos, que quem sabe o tempo responderia um dia, acalentados com o brilho luar Maia e Robert vieram a ninar, cada um em sua solidão musical a espera de um futuro incerto que só o tempo dirá. E de fato as coisas do coração são assim: rápidas como num relance e eternas como a lembrança, cabe aos agraciados vivenciar ao invés de questionar, as respostas sempre surgem e são bem mais compreensíveis quando são frutos de perguntas desfrutadas.

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