terça-feira, 17 de agosto de 2010

Texto abençoado!

Texto que falou ao meu coração em um momento muito sensível de minha vida:

O nevoeiro do coração partido
Max Lucado

É um nevoeiro escuro que aprisiona furtivamente a alma e se recusa a ir embora. É uma neblina silenciosa que esconde o sol e chama as trevas. É uma nuvem pesada que não honra qualquer hora nem respeita quem quer que seja. Depressão, desânimo, desapontamento, dúvida… todos são companheiros desta presença temida.

O nevoeiro do coração partido desorienta a nossa vida. Ele torna difícil ver o caminho. Abaixe as suas luzes. Limpe o pára-brisa. Ande mais devagar. Faça o que quiser, nada ajuda. Quando este nevoeiro nos rodeia, nossa visão fica bloqueada e o amanhã está para sempre distante. Quando esta escuridão ondulada nos envolve, as palavras mais sinceras de ajuda e esperança não passam de frases vazias.

Se você já foi traído por um amigo, sabe o que estou dizendo. Se já foi abandonado por um cônjuge ou um pai, já viu esse nevoeiro. Se já colocou uma pá de terra sobre o caixão de um ente querido ou ficou vigiando junto ao leito de alguém que ama, você reconhece também esta nuvem.

Se já esteve neste nevoeiro, ou está nele agora, pode estar certo de uma coisa — não se encontra sozinho. Até o mais esperto dos capitães da marinha já perdeu o rumo ao aparecer essa nuvem indesejada. Como disse certo comediante: “Se os corações partidos fossem anúncios, todos apareceríamos na televisão.”

Faça um retrospecto dos últimos dois ou três meses. Quantos corações partidos encontrou? Quantos espíritos feridos teve ocasião de observar? Quantas histórias de tragédias chegou a ler?

Minha própria reflexão é cautelosa:

- A mulher que perdeu o marido e o filho num terrível acidente automobilístico.
- A atraente mãe de três crianças que foi abandonada pelo cônjuge.
- O garoto atropelado e morto por um caminhão de lixo, quando saía do ônibus da escola. A mãe, que o esperava, testemunhou a tragédia.
- Os pais que encontraram o filho adolescente morto na floresta atrás de sua casa. Ele se enforcara com o próprio cinto numa árvore.

A lista continua indefinidamente. Tragédias nebulosas. Como cegam nossa visão e destroem os nossos sonhos. Esqueça todas as grandes esperanças de alcançar o mundo. Esqueça todos os planos de mudar a sociedade. Esqueça todas as aspirações de mover montanhas. Esqueça tudo isso. S6 me ajude a atravessar a noite.

O sofrimento do coração partido.

Venha comigo assistir aquela que foi talvez a noite mais enevoada da história. A cena é muito simples, você vai reconhecê-la rapidamente. Um bosque de oliveiras retorcidas. O chão coberto de pedras grandes. Um muro baixo de pedras. Uma noite escura, muito escura.

Veja agora o quadro. Olhe atentamente através da folhagem sombria. Vê aquela pessoa?

Vê aquela figura solitária? O que ele está fazendo? Deitado no chão. O rosto manchado de terra e lágrimas. Os punhos batendo no solo. Os olhos arregalados com o estupor do medo. O cabelo emaranhado por causa do suor salgado. Será aquilo sangue em sua testa?

Esse é Jesus. Jesus no Jardim do Getsêmani.

Você talvez tenha visto o retrato clássico de Cristo no jardim. Ajoelhado junto a uma grande rocha. Um alvo manto. Mãos pacificamente unidas em oração. Um olhar sereno em seu rosto. Um halo sobre a sua cabeça. Um raio de luz do céu, iluminando seu cabelo castanho dourado.

Eu não sou artista, mas posso dizer-lhe algo. O homem que pintou esse quadro não usou o evangelho de Marcos como modelo. Veja o que Marcos escreveu sobre aquela noite penosa:

“Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar. E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai.

E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.

Voltando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.

Retirando-se de novo, orou repetindo as mesmas palavras. Voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe responder.

E veio pela terceira vez e disse-lhes: Ainda dormis e repousais! Basta! Chegou a hora; o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.”[1]

Observe estas frases: “Começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia.” “Minha alma está profundamente triste.” “E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra.”

Este parece um quadro de um Jesus santo, repousando na palma de Deus? De modo algum. Marcos usou tinta preta para descrever esta cena. Vemos um Jesus agonizante, lutando e se esforçando. Vemos um “homem de dores”.[2] Vemos um homem enfrentando o medo, em luta com os compromissos e ansiando por alívio.

Vemos Jesus no nevoeiro de um coração partido.

O escritor de Hebreus iria dizer mais tarde, “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte”.[3]

Que descrição! Jesus sofrendo. Jesus às portas do medo. Jesus não está revestido de santidade, mas de humanidade.

Da próxima vez que o nevoeiro o envolver, você faria bem em lembrar-se de Jesus no jardim. Da próxima vez em que pensar que ninguém compreende, releia o capítulo 14 de Marcos. Da próxima vez que a autopiedade o convencer de que ninguém se importa, vá visitar o Getsêmani. E da próxima vez em que ficar imaginando se Deus realmente percebe a dor que prevalece neste poeirento planeta, ouça-o suplicando entre as árvores retorcidas.

Este é o meu ponto. Ver Deus desse modo faz maravilhas em relação ao nosso próprio sofrimento. Deus jamais foi tão humano quanto nessa hora. Deus jamais esteve mais próximo de nós do que quando sofreu. A Encarnação jamais foi tão cumprida quanto no jardim.

Como resultado, o tempo passado no nevoeiro da dor poderia ser o maior dom de Deus. Poderia ser a hora em que finalmente vemos nosso Criador. E verdade que no sofrimento Deus se assemelha mais ao homem; talvez em nosso sofrimento possamos ver a Deus como nunca antes.

Da próxima vez em que você for chamado para sofrer, observe. Talvez esse seja o ponto mais próximo em que vai estar de Deus. Preste muita atenção. Pode muito bem ser que a mão que se estende para guiá-lo para fora do nevoeiro esteja traspassada.

[1] Marcos 14:32-42
[2] Isaias 53:3
[3] Hebreus 5:7, o grifo é meu.

Copyright © 1999 Editora Vida Cristã. Todos os direitos reservados.

Deus te abençoe!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Senhor,todas as minhas fontes estão em ti!

Há dias sinto uma vontade de escrever...mas pareçe que as palavras me fogem quando deparo-me com as sintonias e aprendizados de cada dia...
No inicío do mês participei de um retiro espiritual em Babaçulandia...como o Senhor falou ao meu coração naquele local!estavamos ali cerca de 40 pessoas numa prainha que daqui alguns meses será inundada a favor do `crescimento das riquezas do Estado´...ali fiquei a refletir sobre esta situação e levei para vida de cada um de nós...todos nós passamos por estações em nossa vida...as vezes a enchente de provas e tribulações inundam a beleza de nosso rio...e nos impedem de chegar ao porto desejado...mas aí vem o verão e com a sua estiagem tudo volta a sua beleza real..nossa ViSÃO se torna capaz de ver a beleza do porto e perceber que não é tao longe e nem tão perigoso para o alcançar...Mas se derrepente surge uma barreira que nos impedirá de perceber a estiagem...que inundará o nosso porto...o que fazer? diferente daquele rio que de tão natural não pode reagir...nós servos de Deus recebemos dele a força para lutar...para quebrar barreiras...derrubar muralhas...passar para o outro lado...e de lá enxerga o lugar em que nos encontravámos e dizer:ATÉ AQUI ME AJUDOU O SENHOR!...Davi em um de seus salmos foi muito claro em dizer....se confiarmos no Senhor ele nos levará ao porto desejado e então nos alegraremos com a bonança...mas,porém,entretanto...é apenas para os que confiam...
Tenho aprendido que vivemos tão ocupados...tão preocupados com os estudos,as finanças e até mesmo com as relações interpessoais....que nos sintonizamos apenas nisto...e confiamos que isto trará o futuro bom,,,mas é tempo de reconhecermos que apesar de tudo isto fazer parte de nossa vida...e proceder de Deus...temos que nos volta para o abençoador e não tão somente para benção...é tempo de entregamos nossas vidas a ele e deixar que ele nos dê o melhor caminho a seguir...entregar e confiar...o mais faz o Senhor, não que tenhamos que de abandonar nossos propósitos e esperar que as coisas caiam prontas nas nossas mãos...falo de consagração...de fazer.....mas entregando ao Senhor...
Assim....tão somente assim chegaremos ao porto desejado...comemoraremos as vitórias e teremos a certeza de que assim como Davi todos os dias temos que viver de declarar em atos e testemunhos que TODAS AS NOSSAS FONTES ESTÃO NO SENHOR!

Em Cristo , Glenda Lagares.